
Há dois passos do acesso. Parte 1.
16 de novembro poderia ter sido um dia que iria entrar para a história do Campinense Clube. A cidade que é dividida por duas grandes torcidas, a alvinegra, Treze, e a rubronegra, Campinense, parecia que não existia mais. A onda vermelha e preta que tomou conta de Campina Grande era do tamanho do sonho de uma torcida que queria chegar junto com o time na Série B do Campeonato Brasileiro em 2009. Mas esse sonho teve que ser interrompido pelo menos por uma semana.
Após o empate sem gols contra o Guarani de Campinas, clube de muita tradição do futebol brasileiro, os raposeiros agora apostam todas as suas fichas no próximo jogo contra o já campeão Atlético-GO em Goiânia.
Mas que sentimento pode ter ficado no coração daquela multidão que lotou o estádio O Amigão? Seria frustração? Descrença? Ou a festa foi apenas transferida para domingo, 23?
A empolgação da torcida contagiava a todos com o grito “Vamos subir Nense!”. O foguetório quando a equipe entrou em campo fez com que os visitantes já se preparassem para o ‘chumbo grosso’ que eles iriam enfrentar. Mas quem pensou que o ‘Bugre’ iria ficar esperando o Campinense o jogo inteiro, errou feio.
Chances para as duas equipes, bola na trave de um lado, bola passando ‘raspando’ a trave do outro, e aquela ‘decisão’ foi ganhando um molho especial testando o coração dos torcedores.
No primeiro tempo, os destaques maiores foram os dois goleiros, Pantera (C) e Gesiel (G). Com saídas do gol precisas e uma defesa de “mão trocada’ de um chute fora da área, Pantera ia barrando as investidas do ataque campineiro. Já Gesiel, teve sua trave esquerda balançando por um bom tempo após um ‘pombo sem asa’ desferido por Mossoró. Também é bom ressaltar a paciência e educação que ambos tiveram com a equipe do Jornalismo Acadêmico no intervalo, quando foram nos atender.
Veio o segundo tempo e o jogo seguiu tenso. As duas equipes tentando errar o menos possível, mas de repente, um grito ecoou das arquibancadas. Gol? Não, não. O zagueiro Xandão cometeu falta dura em Paulinho Macaíba e levou cartão vermelho direto. Até entendo a vibração da torcida. O adversário com um homem a menos é uma ótima vantagem. Sabendo disso, o auxiliar técnico, professor Vamberto, que dirige o time durante as partidas, pela suspensão do técnico Freitas Nascimento, mudou logo algumas peças. Mais atacantes, menos volantes.
Mudança tática tomada para tentar sufocar o Guarani, e buscar o gol que valeria a classificação antecipada para o Campinense. Mas o tempo ia passando, a tensão aumentando, a zaga alviverde afastando o perigo da área, e o gol não saia.
Se no primeiro tempo os goleiros foram os destaques, no segundo não houve quem aparecesse mais. Pantera assistiu de sua área a pressão do Campinense, enquanto Gesiel continuava seguro no gol.
Fim de jogo e o placar de 0x0 não agradou a torcida do Campinense que já dava como certa a vitória, e claro sua classificação. Por outro lado, os 50 torcedores do Guarani cantaram e saudaram os jogadores pela partida realizada. Na última rodada, essas duas equipes voltam a campo para decidirem seu futuro. Campinense x Atlético-GO e Guarani x Águia de Marabá.
Até com a derrota o Campinense pode se classificar, aí dependerá de uma combinação de resultados. Já o Guarani buscará a vitória, porque empatando dará à classificação à Raposa.
Agora só resta um passo para o acesso. Essa semana que seria de festa em Campina Grande, agora está sendo de tensão e angústia. Assim, só domingo, 23, o grito que está preso na garganta há anos poderá ser solto, ou então, seguro por mais um ano.
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Por Gil Cavalcanti
 
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