Para se estabelecer uma compreensão acerca de indústria cultural é preciso estar inserido no que diz respeito à temporalidade do que se trata, e quais são as relações culturais desse tempo que representa o modelo comportamental da sociedade.
Tratando do conceito de cultura, várias vertentes discursivas abrangem intercâmbios de conhecimentos que vão além dos conceitos ideológicos e filosóficos. Tratando-se da definição 'cultura', abre-se um leque de possibilidades sobre um objeto que está direcionado ao conhecimento, às práticas sociais, hábitos alimentares, decisões grupais, enfim, conceitos que podem justificar quaisquer das relações humanas.
Observando de modo específico a indústria cultural, que se enquadra em um dos objetos inseridos no contexto cultura, é possível identificar definições que ao longo da história foram se moldando, apresentando em diferentes épocas elementos que foram tomando uma nova roupagem de acordo com as mudanças nas relações sociais. Mergulhando nesse universo de conceitos, podemos chegar a assuntos intertextuais que se inserem dentro da discussão a respeito da indústria cultural.
Como não evidenciar no contexto da indústria cultural a cultura popular e a cultura erudita, que se fazem presentes neste contexto? Dentro deste aspecto, cultura erudita, popular e indústria cultural, encontra-se em Stuart Hall uma linha de inter-relação, onde não se pode pensar nesses dois tipos de culturas sem antes considerar a existência da indústria cultural.
Aproveitando esse contexto de Hall, pose-se considerar que a ação da indústria cultural se faz presente não apenas em níveis culturais onde em momentos confundi-se 'popular' com 'massa', já que estes dois não caracterizam o mesmo conceito. Quando Stuart Hall insere esses elementos na indústria cultural, ele nos responde mostrando que uma produção em série, por exemplo, não importando ser ela 'erudita' ou 'popular', vai estar se inserindo num contexto de mercadoria, de descaracterização da produção, aproximando-se do que pensava Adorno acerca disso.
 Mas, antes de ser específico em Adorno é importante  uma outra visão sobre o termo indústria cultural. Uma escola que esteve atenta a  tantas discussões, e em relação a está também trouxe uma considerável  contribuição, foi à escola alemã de Frankfurt, a qual Benjamim difundia seus  pensamentos e proporcionava conceitos aplicáveis nestas discussões, por  exemplo.
Mas, antes de ser específico em Adorno é importante  uma outra visão sobre o termo indústria cultural. Uma escola que esteve atenta a  tantas discussões, e em relação a está também trouxe uma considerável  contribuição, foi à escola alemã de Frankfurt, a qual Benjamim difundia seus  pensamentos e proporcionava conceitos aplicáveis nestas discussões, por  exemplo.
Para ele, a revolução não prejudicava a cultura como um todo, mas sim tinha uma ação que alterava o papel das artes e da cultura. A indústria cultural, para ser mais específico, pode ser capaz de contribuir para a emancipação de classes e melhoria da sociedade, ampliando seu horizonte do conhecimento.
Que isto possa ser considerado com ponto que é atingido pela indústria cultural é fato. Mas deter-se apenas em identificar o que ela pode atingir sem perceber que alterações ela é capaz de propiciar, aí é onde Adorno aponta vários pontos que são necessários abordar.
Já que foi relatado os termos 'erudito' e 'popular' a pouco, em Adorno identifica-se uma ponta nociva ente ambos. A indústria cultural faz com que a seriedade seja retirada do erudito, e a autenticidade do popular, onde no campo das idéias que solidificam a produção da indústria cultural o público perca seu senso crítico e se torne em um consumidor passivo, atingindo assim seu objetivo que é criar uma dependência e um modelo alienado do homem.
O que foi evidenciado acima se aproxima no que é relacionado hoje no contexto de indústria cultural. Tais proposições defendidas por Adorno apontam a um fetichismo cultural que banaliza, padroniza, a apresenta um conformismo no que se relacionam as produções culturais. Os valores consumidos sem que suas qualidades específicas, que é o que os diferencia, sejam idealizadas, constituem na evidência de que tal importância teve sua moldagem pronta em forma de mercadoria. O consumismo corrompe e dissemina e idéia do estereótipo, da aparência. A aparência apodera-se do que não passa de apenas um objeto de troca, simbolizando o ideal capitalista que desenha algo com um determinado valor de troca que possa passar por um processo de substituição.
*Estudante do primeiro ano de Comunicação Social
 
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